Qual a carga horária de tratamento do meu filho(a)?

Quando um filho é diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista, uma das principais questões que surgem para os pais é: “Quantas horas de tratamento ele(a) precisa?”. 

Essa é uma pergunta complexa e que envolve um debate constante entre os responsáveis, os terapeutas e os pesquisadores do mundo inteiro. A busca pela carga horária ideal é o primeiro passo para promover a qualidade de vida e o desenvolvimento da criança.

O blog de hoje será dedicado a esse tema. Falaremos sobre a importância do tratamento adequado, o que deve ser considerado antes de introduzir esses cuidados, e como um suporte personalizado pode fazer toda a diferença nos resultados. Confira!

As diretrizes de antes não condizem com a realidade atual   

Um estudo feito por Ivar Lovaas, em 1987, dividiu dois grupos de pacientes, com cargas horárias diferentes. Aqueles que realizaram uma terapia mais intensiva, com 40h semanais, conseguiram melhor desempenho na escola. 

Em razão disso, essa quantidade de horas passou a ser adotada por profissionais da área como um procedimento padrão.

Mas a pesquisa foi feita há muito tempo. Hoje, com os avanços da ciência, os diversos estudos da área e, principalmente, o maior entendimento do conceito da neurodiversidade, essa metodologia desenvolvida por Lovaas já não faz tanto sentido, pelo menos, não para todos os casos. 

O que é carga horária de tratamento no autismo?

Em resumo, é o número total de horas que uma criança dedica semanalmente às terapias e às atividades destinadas a tratar o TEA. 

O tratamento é composto por diversos tratamentos terapêuticas, como Análise do Comportamento Aplicada (ABA), terapia ocupacional, fonoaudiologia, entre outras abordagens complementares.

Por que o tratamento é importante?

Quando realizado adequadamente, conforme as necessidades do paciente, pode levar a melhorias significativas no desenvolvimento, incluindo habilidades de comunicação, motoras e cognitivas, interação social e comportamentos adaptativos. 

É preciso destacar que os tratamentos precoces e personalizadas são particularmente eficazes, podendo reduzir a necessidade de suporte contínuo ao longo da vida.

Afinal, qual a recomendação ideal?

O BACB (Conselho de Certificação de Analistas do Comportamento) divulgou recentemente algumas diretrizes que recomendam cargas horárias conforme dois níveis de suporte:

  • 10-25h semanais para indivíduos que precisam de tratamento para um número limitado de alvos comportamentais;
  • 30-40h por semana, para pacientes com necessidades em vários domínios de desenvolvimento, como cognição, comunicação social, emocional e funcionamento adaptativo.  

Vale lembrar: cada caso é um caso 

O que pode ser excelente para um, nem sempre será o mais correto para o outro. A recomendação do número de horas de tratamento deve ser cuidadosamente planejada, levando em conta vários aspectos individuais e contextuais:

  • Características da criança

Idade, perfil sensorial, nível de linguagem e cognição, comorbidades e intensidade dos comportamentos repetitivos são alguns fatores que devem ser considerados antes de estipular a abordagem. 

  • Contexto familiar 

Renda, disponibilidade de tempo, suporte e desejo de envolvimento são as principais circunstâncias que impactam diretamente na possibilidade de realização das atividades e eficácia dos resultados. 

ATENÇÃO: a imposição de muitas horas de tratamento pode transformar a solução em problema 

Embora a terapia intensiva seja benéfica em determinadas situações, uma carga horária exagerada pode levar à fadiga, estresse, desgaste emocional e frustração, tanto para o paciente quanto para a família. 

Encontrar um equilíbrio que permita progresso sem sobrecarregar os envolvidos é o melhor caminho para o sucesso da terapia e a felicidade de todos. 

A importância de um plano de tratamento personalizado 

Aqui, no Núcleo Direcional, entendemos que cada criança é única e deve ser assistida conforme as suas individualidades.

Oferecemos serviços abrangentes, como terapias com base na ciência ABA, psicoterapia, fisioterapia, entre outros, elaborando cuidadosamente as abordagens, conforme as necessidades dos pacientes e a realidade das famílias.

O nosso objetivo é criar um ambiente de suporte integral, onde todos os envolvidos recebam a atenção e os recursos para promover o desenvolvimento e bem-estar. 

Visite a nossa página e saiba como desenvolvemos planos de tratamento personalizados para crianças com TEA!

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