A importância da fonoaudiologia no tratamento do TEA

Uma das principais características encontradas em pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) são as dificuldades em relação à comunicação, especialmente a verbal. Isso porque o autismo pode afetar a fala, o que por sua vez impacta na socialização. 

É comum que indivíduos com o transtorno não falem, emitam apenas vocalizações ou usem um tom de voz robótico e inexpressivo. Por isso, a fonoaudiologia desempenha um papel fundamental no tratamento do autismo, estando presente desde o processo de diagnóstico até o desenvolvimento das capacidades cognitivas e sociais. 

A seguir, você irá descobrir mais sobre o papel dessa ciência no auxílio aos autistas para que possam ter uma melhor qualidade de vida.

Como o autismo afeta a comunicação?

Dificuldades na fala estão presentes em cerca de uma a cada três pessoas com TEA. Mesmo quando há linguagem verbal, ela pode ser difícil de entender, ou o autista encontra outros obstáculos nos processos de conversação.

Alguns exemplos incluem a dificuldade no contato visual, na compreensão de nuances, na memorização do que foi ouvido e até mesmo na dependência da ecolalia, ou seja, da repetição, para se comunicar.

Qual é a relevância e a atuação da fonoaudiologia para o tratamento do TEA? 

O fonoaudiólogo é essencial no tratamento do TEA. Inicialmente, ele avalia habilidades como a articulação da fala, o vocabulário, o uso da gramática, a interpretação da linguagem e o seu uso em diferentes contextos. Além disso, também observa as funções orofaciais, como respiração, sucção, mastigação, deglutição e expressão facial. 

Após o diagnóstico, a fonoaudiologia segue presente no acompanhamento da pessoa com TEA, elaborando um plano de intervenção, considerando as suas necessidades específicas. Os objetivos da terapia fonoaudiológica para autistas incluem:

• Desenvolver a fala;
• Aprimorar a compreensão da linguagem;
• Promover e facilitar a socialização;
• Treinar as funções orofaciais;
• Reduzir comportamentos repetitivos que dificultem a comunicação.

Também é função do fonoaudiólogo monitorar o progresso do tratamento, realizando novas intervenções e ajustes no plano, conforme necessário. Esse suporte pode continuar ao longo de toda a vida do indivíduo autista. 

Quais são as práticas de fonoaudiologia aplicadas no tratamento do TEA? 

O profissional especializado pode utilizar diversas abordagens terapêuticas, como:

• Terapia da fala;
• Terapia da linguagem;
• Abordagem ABA (Análise do Comportamento Aplicada); 
• Comunicação Suplementar e Alternativa (CSA).

Além disso, ele também oferece orientações aos familiares, cuidadores e à comunidade escolar das crianças com TEA, para melhor desenvolvimento da comunicação do indivíduo em todos os contextos. 

3 benefícios da aplicação da fonoaudiologia no tratamento do TEA 

A fonoaudiologia gera diversas vantagens para as pessoas autistas, incluindo:

1. Aprimoramento da comunicação verbal e não verbal, tornando-a mais eficaz em aspectos mecânicos e gramaticais da fala e também em compreensão da linguagem, como ao seguir instruções, ouvir, responder e fazer perguntas, contar histórias e interpretar diferentes contextos. 
2. Ampliação do vocabulário, contribuindo para o aprendizado de novas palavras, o entendimento de textos complexos e diversos, a construção de frases corretas e a concordância adequada. 
3. Aprimoramento e desenvolvimento da socialização, como o reconhecimento e a expressão das próprias emoções, a compreensão das emoções dos outros, o entendimento das regras de comportamento, a participação em atividades sociais e a formação de relacionamentos de amizade.

No Direcional, a fonoaudiologia faz parte da nossa atuação 

Prezamos por um tratamento e acompanhamento do TEA a partir de uma equipe multidisciplinar, visando o melhor para oferecer qualidade de vida e autonomia para indivíduos autistas. 

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