Do diagnóstico de TEA ao dia a dia: como apoiar o seu filho autista

A descoberta do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em um filho pode ser desafiadora para alguns pais. O diagnóstico, que geralmente é dado ainda na infância, causa receio e ansiedade nos parentes que não sabem como apoiar a criança autista. 

As dificuldades surgem em decorrência dos sintomas, que são mais aparentes e agressivos nas fases iniciais da vida, já que a pessoa ainda está aprendendo a conviver em sociedade e descobrindo o mundo ao seu redor. Nesse contexto, é necessário buscar formas de conscientização a respeito do assunto, esclarecendo quaisquer dúvidas em relação ao transtorno.

Para tranquilizá-lo, reunimos algumas informações importantes sobre o que fazer após a identificação do TEA e proporcionar apoio ao seu filho. Continue lendo e descubra.

Como e por quem é feito o diagnóstico do TEA?

A identificação do autismo ocorre aos poucos e inicia dentro de casa. A partir de observações sobre os comportamentos característicos do transtorno, os familiares percebem os primeiros indícios, que se manifestam por volta dos 18 meses de vida.

Após a suspeita, é preciso buscar atendimento médico para chegar a uma conclusão definitiva. Esse papel é desempenhado por um neurologista ou psiquiatra especializado em TEA, que irá analisar o paciente e coletar depoimentos dos pais e parentes para diagnosticá-lo. O laudo clínico será feito de acordo com as diretrizes do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Sociedade (DSM-5) e irá classificar o transtorno em níveis (leve, moderado e severo).

Os sintomas aos quais os entes e os profissionais da saúde devem estar atentos, são:

  • Dificuldade persistente na comunicação e interação social nos mais variados contextos;
  • Padrões restritos e repetitivos de comportamento e de interesses;
  • Sensibilidade a estímulos sonoros, físicos e visuais.

Como o diagnóstico do autismo pode impactar uma família?

O diagnóstico de uma doença impacta tão fortemente uma família, que a faz vivenciar as mesmas fases do luto e passar por um período de adaptação. Esse processo pode ser exemplificado pelo trecho do livro “Transtorno do Espectro Autista na prática clínica”, dos pesquisadores e escritores Annelise Júlio-Costa e Andressa Moreira Antunes: “O TEA não é compatível com as expectativas que os pais têm sobre os filhos e eles não sabem o que é preciso para fazer e lidar com tal situação”.

Além disso, a dinâmica familiar muda, adequando-se às necessidades do autista. Em casos mais graves, a ajuda especializada contínua é fundamental para enfrentar as adversidades específicas que a pessoa apresenta.

Qual é a importância da conscientização sobre o TEA para a criação de uma rede de apoio sólida?

A conscientização sobre o autismo é extremamente importante. Através dela, é possível compreender cada área do dia a dia afetada pelo transtorno e implementar mudanças significativas para solucioná-las.

Para além do autoconhecimento, outro fator decisivo no desenvolvimento dos autistas e na forma que os familiares lidam com eles é a formação de uma rede de apoio sólida.

No Brasil, estima-se que o número de pessoas com TEA seja de 6 milhões, usando como base de cálculo as informações do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), órgão de saúde dos Estados Unidos, de que uma a cada 36 crianças têm o transtorno. Isso significa que inúmeras famílias fazem parte da comunidade autista, ou seja, ninguém está sozinho.

A partir disso, os pais e parentes estabelecem conexões valiosas, que irão facilitar no tratamento e nos cuidados de indivíduos dentro do espectro. Uma dica para quem deseja conhecer famílias na mesma situação é ficar de olho nos eventos municipais, como os realizados durante o abril azul, Mês de Conscientização Sobre o Autismo.

Por que a educação infantil é essencial para os autistas?

O período escolar traz muitos desafios para as crianças com TEA, devido à interação social constante em um ambiente recém descoberto. Porém, essa é uma fase essencial e que auxilia no desenvolvimento das capacidades cognitivas.

Os professores da educação infantil têm um papel ativo nesse processo, utilizando práticas pedagógicas inclusivas para ajudar os alunos com autismo a:

  • Aprender como se comunicar efetivamente;
  • Melhorar os comportamentos desafiadores;
  • Se adaptar diante de imprevistos;
  • Expressar os sentimentos.

O Núcleo Direcional pode auxiliar a sua família nessa jornada

Somos um centro de atendimentos para crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e outras neurodivergências. Contamos com uma equipe diversificada de profissionais especializados em analisar comportamentos e aplicar estratégias naturalistas, focando em autismo e no desenvolvimento infantil.

Entre os nossos serviços, estão a intervenção por Análise do Comportamento Aplicada (ABA), musicoterapia, fonoaudiologia, etc. Acesse o site e entre em contato.

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