4 estratégias para lidar com a dificuldade do contato visual no autismo

No cotidiano, estamos habituados a usar o contato visual como uma forma de comunicação não verbal para expressar uma variedade de emoções. Porém, para pessoas dentro do espectro do autismo, essa dinâmica é diferente, pois elas tendem a evitar olhar diretamente para o rosto de outras pessoas, preferindo focar em objetos ao redor.

Essa é uma característica sensorial marcante do autismo, sendo um dos sinais mais comuns apresentados por pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esse sinal não apenas afeta a interação social, como também resulta em desafios comportamentais para cuidadores e familiares na educação de crianças autistas.

Para oferecer mais informações sobre esse tema, elaboramos um blog completo que aborda especificamente a dificuldade de contato visual no contexto do TEA. Desejamos que esta seja uma leitura esclarecedora!

O que é o Transtorno do Espectro Autista?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio neurológico que resulta em déficits na comunicação e prejudica as habilidades cognitivas. Os sintomas característicos do autismo incluem:

  • Dificuldade de manter contato visual;
  • Problemas para expressar ideias e sentimentos;
  • Aborrecimento com mudanças na rotina;
  • Comportamentos repetitivos e interesse restritos;
  • Hipersensibilidade a estímulos sensoriais como sons, luzes e cheiros.

Esses sintomas podem variar em intensidade e manifestação de uma pessoa para outra, mas são elementos-chave para compreender o TEA.

Qual é a origem médica da dificuldade de contato visual no TEA?

De acordo com o estudo “Neural correlates of eye contact and social function in autism spectrum disorder” realizado pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos, e publicado na revista PLOS ONE, foi observado que a região do cérebro responsável pelo contato visual é menor em crianças e adultos com autismo.

A análise foi conduzida utilizando espectroscopia funcional de infravermelho próximo, um método não invasivo de neuroimagem óptica, que comparou o cérebro de estudantes típicos com o de indivíduos com TEA. 

Os resultados indicaram que os pacientes atípicos apresentaram uma menor atividade no córtex parietal dorsal, conforme a gravidade dos sintomas do transtorno, quando expostos ou incentivados a realizar contato visual.

Em resumo, essa situação ocorre porque o contato visual pode causar estresse, desconforto intenso e, em alguns casos, até mesmo uma reação exagerada de ansiedade. Ou seja, é uma forma de escape.

Conheça as estratégias para estimular o contato visual de autistas

Para pessoas com Transtorno do Espectro Autista, é fundamental aprender a aumentar o contato visual gradualmente. Por isso, elencamos algumas estratégias que pais e cuidadores podem usar para estimular essa prática desde a infância:

  1. Estabeleça um ambiente calmo e seguro: crie um espaço seguro e livre de potenciais distrações que possam causar estresse excessivo na criança/adolescente.
  2. Disponibilize objetos atraentes: use brinquedos e outros materiais que despertem o interesse da pessoa com TEA, os induzindo a olharem na direção desejada.
  3. Faça reforço positivo: elogie e recompense os comportamentos esperados, conectando o sentimento de alegria ou felicidade a determinadas ações.
  4. Aplique técnicas visuais: utilize fotos e outros recursos de imagem para ajudar o autista a entender a importância do contato visual.

Entenda mais sobre o universo do autismo e suas particularidades com o Núcleo Direcional

Em nosso centro de atendimento, contamos com profissionais especializados no tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA), prontos para esclarecer as suas dúvidas e colaborar na implementação de estratégias que visam aprimorar a qualidade de vida das pessoas autistas.

Interessado em conhecer mais sobre nosso trabalho? Visite o site clicando aqui  e tenha acesso a mais informações.

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